O que fazer para evitar a falência da sua empresa?

Felix Schultz
Felix Schultz
como evitar a falencia da empresa

Seis, em cada dez empresas, fecham antes de completar 5 anos de atividade, diz estudo do IBGE. Até as grandes companhias são afetadas. Segundo a American Enterprise Institute, apenas 12% das empresas da Fortune 500, de 1955, continuam na lista.

Por essa razão, é importante saber como evitar a falência da empresa e construir um plano de contingência. Ações, como reduzir custos, renegociar as dividas e entrar com pedido de recuperação judicial, devem ser consideradas. A questão é: como fazer tudo isso?

Pensando no assunto, criamos um guia para você. Aprenda a evitar a falência com dicas simples e didáticas. Continue a leitura e fique por dentro do assunto!

Reduza os custos não estratégicos

Uma das principais características das empresas que estão falindo é o trabalho no “vermelho”, isto é, elas atuam com mais saídas do que entradas no caixa. Isso é devido a dois principais motivos: falta de vendas e elevados custos.

Por isso, eliminar alguns custos é primordial! A grande dúvida é qual custo eliminar, afinal, alguns contribuem para vender mais, otimizar os processos e melhorar continuamente. Para acabar com essa dúvida, Bob Fifer, no livro “Dobre seus lucros”, dividiu os custos em dois principais tipos: os estratégicos e os não estratégicos.

O custo estratégico é tudo aquilo capaz de otimizar os resultados da empresa e potencializar novos negócios no futuro, como ações de marketing de guerrilha, fidelização de clientes, motivação dos funcionários e inserção de sistemas eficazes.

O custos não estratégicos têm relevância para a existência da empresa, porém não contribuem para a sua diferenciação, como aluguel do ponto, água e energia elétrica. O corte financeiro deve estar concentrado nos custos não estratégicos.

Renegocie o preço dos bens e serviços adquiridos

Reduzir custos pode ser um assunto “doloroso”, por isso, deve-se começar por onde menos dói: os fornecedores. Eles representam uma grande fonte de custos para a empresa e, por consequência, de economia.

Busque reduzir pequenas margens, como 2% ou 5%, do preço de compra. Isso será suficiente para otimizar o Markup e o preço final do produto/serviço, tornando-o mais atraente para os clientes e lucrativo para o empreendimento em geral.

Todavia, não se deve deixar a negociação de preços apenas com o comprador. Envolva-se pessoalmente na negociação, assim, o fornecedor saberá que está falando sério.

Ainda é importante descobrir de quem seus concorrentes compram e a que preço. Em alguns casos, os concorrentes estarão pagando muito menos do que você. Em seguida, faça contato com o fornecedor dos seus concorrentes e peça o mesmo preço.

Reconsidere dívidas e prazos com os fornecedores

Alguns gestores ou empreendedores sentem vergonha de renegociar dívidas, especialmente quando nunca passaram por isso. Contudo, não é necessário se preocupar, a própria iniciativa de renegociar é uma prova de que está tentando honrar com os compromissos.

Há algumas coisas que precisam ser consideradas na hora da negociação. Primeiro, é preciso buscar um resultado ganha/ganha, de modo que você e o fornecedor sintam-se beneficiados. Essa é a maneira mais eficaz de chegar a um resultado e continuar com o relacionamento.

Alguns gestores ou empreendedores, no entanto, buscam uma negociação ganha/perde, na qual apenas uma parte sai ganhando. Ai está um problema, pois a parte que sai perdendo fica frustrada e insatisfeita com a negociação. Suas necessidades não foram atendidas e é provável que o perdedor nunca volte a fazer negócios com o “ganhador”.

Na negociação, não se deve focar em um único ponto. Por exemplo, ao discutir somente pelos juros, o negociador deixa de lado outros aspectos importantes: prazo para pagamento, valor final da dívida, condições de pagamento, etc. Por isso, é preciso focar em diversos pontos.

Busque inovar nas ofertas atuais de bens/serviços

Segundo Peter Drucker, considerado pai da administração moderna, “a maior obrigação de uma empresa é criar clientes”. Entretanto, essa é uma tarefa difícil quando não se inova nas ofertas atuais, disponibilizando bens e serviços diferenciados no mercado.

Se o intuído é inovar, converse com a equipe de Trade Office, ou melhor, com os profissionais que têm algum contato com o cliente. Realize uma reunião de brainstorming e busque por novas soluções, que se encaixem no perfil do público-alvo.

Outra medida é conversar mais com os próprios clientes, entendendo suas necessidades e desejos. Faça um questionário com perguntas estratégicas e busque conhecer profundamente os clientes — essa é a forma mais segura e rentável de inovar nos bens e serviços.

Desenvolva um plano de negócios

O plano de negócios não é usado apenas por quem está tentando empreender e busca identificar a viabilidade do seu sonho. Negócios já sólidos também devem ter um plano que considere suas peculiaridades, ofereça uma visão mais sistêmica e perspectivas para o futuro.

Esse tipo de plano é um documento dividido em várias partes, como análises financeiras, de mercado e definição dos resultados desejados. Ele sempre começa com o sumário executivo, uma pequena introdução de tudo o que será visto ao longo do plano.

Crie ou redesenhe o plano no intuito de verificar se o negócio continua sendo viável, avaliando questões, como o índice de rentabilidade, a liquidez e o crescimento ao ano. Além disso, defina objetivos e metas desafiadoras para o futuro, visando a tirar o negócio do “vermelho”.

Um bom plano também é útil para buscar investidores, sócios ou mentores. Se o intuito é encontrar um investidor-anjo ou mesmo um financiamento bancário, é mais do que necessário desenvolvê-lo de modo claro, sistêmico e realista.

Entre com pedido de recuperação judicial

Em último caso, para evitar a falência, é preciso entrar com pedido de recuperação judicial. Isso geralmente acontece quando a companhia não tem mais capacidade de pagar suas dívidas. Então entra em moratória, isto é, passa a pagar as dívidas em prazos maiores.

Existem algumas etapas necessárias para entrar com o pedido de recuperação judicial, sendo indispensável contar com o auxílio de um advogado de confiança. É preciso apresentar a situação patrimonial dos sócios da empresa, as razões da crise econômico-financeira e um plano de como esse problema será solucionado no futuro.

Após a entrada com o pedido de recuperação, haverá as etapas: deliberativa, na qual o juiz decidirá sobre a procedência do pedido, e de execução, na qual a empresa colocará em prática o plano apresentado para reestruturação. É um processo de médio/longo prazo.

Veja, agora você está por dentro do assunto! Além de tudo, para evitar a falência da empresa, é preciso contar com um sistema de gestão de qualidade e que ofereça diversas funcionalidades, como gestão financeira, gestão de estoque e relacionamento com os clientes. Dessa maneira, obter grandes resultados fica muito mais fácil.

Gostou do conteúdo? Aproveite para continuar aprendendo e leia nosso artigo: como empreender em tempos de crise. Vamos lá!

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Felix Schultz

Executivo de Internet com mais de 15 anos de experiência, incluindo a gestão geral das organizações, desenvolvimento de produtos, operações de negócios e estratégia.