Por que as empresas quebram? Como não ser mais uma?

Infelizmente, é assustadora a quantidade de empresas que fecham as suas portas nos primeiros 5 anos de atividade. Justamente por isso, muitos empreendedores se perguntam: de quem é a culpa de tantos empreendimentos não sobreviverem? Como fazer para não ser mais um negócio a engordar essa estatística?

Neste post, queremos responder essas e outras questões que poderão ajudá-lo a compreender porque as empresas quebram. Para isso, vamos mostrar alguns dos principais motivos, além de explicar como você pode se prevenir em cada caso e manter a sua curva de crescimento positiva. Confira!

Falta de capital de giro

De acordo com a pesquisa Fatores Condicionantes e Taxa de Mortalidade de Empresas no Brasil, realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a principal causa de falência das empresas é a falta de capital de giro.

Não conhecer os limites da estrutura de capital do seu negócio pode ser bastante prejudicial para o bom funcionamento das operações de um empreendimento, principalmente quando analisamos situações de crescimento agressivo.

Isso acontece, por exemplo, quando a empresa realiza uma venda grande, normalmente estabelecida por organizações que atuam no setor de atacado, e o acordo precisa ser fechado com um prazo curtíssimo. E é justamente aí que moram os problemas mais sérios.

Consultores financeiros afirmam que uma empresa precisa de capital de giro para crescer, para realizar novos investimentos ou mesmo para desfazer aqueles que apresentaram resultados negativos. Assim, é possível perceber que todas as ações estão diretamente relacionadas à quantidade de capital que a empresa tem disponível.

No entanto, nem todo negócio tem os recursos suficientes para se manter no mercado por conta própria. Por isso, o capital de giro também pode incluir os recursos de terceiros.

Falta de planejamento ou não seguir o planejado

Muitos empreendedores identificam uma oportunidade e decidem abrir a sua empresa. Mas, com a correria de todas as tarefas que contemplam a abertura de um negócio, acabam deixando de realizar uma atividade fundamental para que possam permanecer com as portas abertas: planejar.

O plano de negócios não pode estar só na cabeça do dono. Ele precisa ser bem estruturado, devidamente documentado e setorizado, mostrando quais serão os rumos da empresa a curto, médio e longo prazo.

É claro que o planejamento não precisa ser algo engessado e, conforme o negócio for evoluindo, deverá ser revisto e adaptado de acordo com a realidade da empresa, do seu setor de atuação e da economia do país.

Só não vale mudar o plano diante da primeira dificuldade, ok? Afinal, se você definiu uma certa estratégia para o seu negócio, elaborou um planejamento que fizesse sentido, nada mais óbvio do que segui-lo.

Portanto, procure encontrar o equilíbrio entre a flexibilidade e o foco no planejamento que você criou para sua empresa.

Desconhecimento generalizado

O desconhecimento do empresário em relação a tudo o que tange o seu negócio pode ser extremamente nocivo para a empresa. Para que você compreenda melhor essa afirmação, vamos citar um exemplo relacionado ao setor financeiro.

Imagine que você definiu que o seu cliente poderá pagar pela compra do seu produto ou serviço por meio de boleto bancário, carnê, cheque ou pelo crediário oferecido pela sua empresa, sem ter feito qualquer estudo para conhecer qual é o perfil do seu consumidor.

Você ofertará algo sem saber, ao menos, se há interesse pelas opções disponibilizadas, além de não conhecer o histórico de pagador desse cliente, um grande perigo para a saúde do caixa da empresa. Afinal, você assumirá o risco da inadimplência, ficando com o prejuízo caso o comprador não pague realize o pagamento acordado.

Mesmo que você tenha estratégias de cobrança, essa função também contempla um custo operacional, que ficará por sua conta. Além disso, existem outros impactos graves ao desconhecer informações sobre o seu cliente.

Sem saber com quem está se comunicando, para quem está oferecendo o seu produto ou serviço, você não será capaz de perceber se está realizando ações de marketing eficientes ou se existem falhas no atendimento ao consumidor. A consequência é um possível desperdício de energia e de dinheiro que poderá levar sua empresa a falir em pouco tempo.

Problemas com inadimplência

A inadimplência é uma realidade para a grande maioria das empresas brasileiras e traz consequências graves para qualquer negócio.

Ter devedores significa desequilíbrio no fluxo de caixa, o que pode ocasionar escassez de capital de giro, levando o gestor a buscar linhas de crédito para conseguir custear a sua operação, muitas vezes com altos juros, comprometendo sua rentabilidade e lucratividade.

O cenário se agrava ainda mais quando, sem opções de empréstimos, o empresário passa a não honrar com seus próprios pagamentos, tornando-se também um devedor na praça.

O desequilíbrio financeiro pode fazer, ainda, com que a empresa tenha que buscar outras fontes de financiamento. E ao precisar de recursos a curto e médio prazo, muitas vezes, o empreendedor se vê sem muito poder de negociação.

A escolha de uma linha de crédito às pressas cria uma situação desfavorável para o caixa do empreendimento, que pode acabar aceitando a taxa que o banco escolher. Ou, quando a urgência é menor, a melhor opção termina sendo o cheque especial ou outros empréstimos a taxas altíssimas.

O resultado disso é a queda da lucratividade, da rentabilidade do negócio ou, nos casos mais graves, o encerramento das atividades da empresa. Por isso, procure estar atento às estratégias de cobrança do seu negócio.

Para ter sucesso com a redução da inadimplência, é preciso ter processos eficientes e bem definidos. Hoje em dia, o advento da tecnologia facilita muito esses procedimentos, pois permite que diversas tarefas sejam automatizadas, garantindo mais agilidade para o setor de cobranças.

Por meio de softwares também é possível manter as informações sobre o devedor atualizadas e ter acesso a métricas para análise de indicadores de desempenho do setor. Com os números em mãos, fica mais fácil adequar a melhor estratégia para que o seu negócio tenha taxas de inadimplência cada vez mais baixas.

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Felix Schultz

Executivo de Internet com mais de 15 anos de experiência, incluindo a gestão geral das organizações, desenvolvimento de produtos, operações de negócios e estratégia.

 

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    Felix Schultz
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