Ativos circulantes e não circulantes – suas diferenças e exemplos

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O passivo e ativo circulante são conceitos fundamentais na administração das finanças de uma empresa.

Ambos são responsáveis por separar e organizar diferentes contas da empresa, com o principal objetivo de tornar a gestão mais eficiente.

Entretanto, os dois conceitos são bem diferentes entre si e possuem diversas particularidades que você precisa entender antes de colocá-los em ação.

Neste post, você vai entender como funciona o ativo circulante e não circulante, além de descobrir o quão importante ele é para as finanças do seu empreendimento!

O que são ativos circulantes

Quando falamos sobre o passivo circulante, estamos nos referindo às contas que possuem uma realização a curto prazo, de no máximo 12 meses.

Por outro lado, os ativos circulantes se referem aos recursos da empresa que podem ser convertidos para finanças em um curto prazo, de 12 meses também.

O dinheiro em caixa, as aplicações financeiras e também contas a receber podem ser classificados como ativos circulantes.

É importante que o dinheiro gerado como ativo circulante seja direcionado para o pagamento do passivo circulante, para manter a organização das obrigações financeiras e evitar que alguma conta se transforme em dívida.

Diferenças entre ativos circulantes e não circulantes

Enquanto os ativos circulantes são referentes aos recursos que podem ser transformados em dinheiro dentro de um curto prazo, os ativos não circulantes dizem respeito à finanças que só podem ser acessadas a longo prazo.

São classificados como ativos não circulantes os investimentos que possuem retorno previsto para um prazo que ultrapassa o período de 12 meses.

Além disso, bens duradouros da empresa que são utilizados para gerar receita, como máquinas e ferramentas, também são considerados ativos não circulantes.

Da mesma forma que a receita gerada pelos ativos circulantes é destinada para o pagamento da mesma categoria, os ativos não circulantes cobrem os pagamentos do passivo não circulante.

Elementos que fazem parte dos ativos circulantes

Os ativos circulantes são divididos em algumas subcategorias, com a intenção de especificar as fontes de recursos e entender melhor de onde se originam as finanças da empresa.

Para empresas menores, talvez não seja tão necessário especificar cada detalhe dos ativos.

Entretanto, as categorias são essenciais para empreendimentos de grande porte, principalmente para garantir as finanças da empresa e também o pagamento em dia das obrigações financeiras.

Conheça as 3 subcategorias principais dos ativos circulantes e entenda como elas podem organizar ainda melhor as contas a receber.

– Ativo circulante operacional

Como o próprio nome diz, esta modalidade de ativo circulante diz respeito às etapas operacionais da empresa, ou seja, que são essenciais para o funcionamento da mesma.

Os ativos operacionais podem ser circulantes, ou seja, com recebimento a curto prazo. Por outro lado, também existem os ativos operacionais não circulantes, que só podem ser revertidos em dinheiro a longo prazo.

Exemplos

As contas a receber classificadas como ativos circulantes operacionais são os estoques e duplicatas a receber, principalmente.

Por outro lado, os ativos não circulantes operacionais englobam ferramentas e equipamentos utilizados no sistema de produção da empresa.

– Ativo circulante líquido

Também conhecido como ativo circulante financeiro, o líquido representa os recursos ganhos a partir das atividades da empresa e também de investimentos.

Assim como a categoria anterior, esta modalidade também ainda pode ser dividida entre circulante e não circulante. Enquanto o ativo circulante líquido pode ser transformado mais rapidamente, o não circulante leva mais tempo e é dedicado para contas a longo prazo.

O grande objetivo de uma empresa é reunir o maior número de ativos líquidos, principalmente os circulantes. Desta forma, é possível investir, em pouco tempo, em formas de expandir o empreendimento e gerar ainda mais lucro.

Exemplos

A aplicação em ações, fundos imobiliários e até mesmo títulos privados e públicos podem ser classificados como ativos líquidos.

Para determinar se a conta é circulante ou não, é preciso consultar o prazo de liquidez. Caso ultrapasse os 12 meses, é tido como não circulante. Entretanto, se o prazo é menor que 12 meses, o ativo se torna circulante.

Além dos investimentos, o ativo líquido também representa os ganhos no caixa da empresa, com a venda de produtos e prestação de serviços.

– Ativo circulante cíclico

Como o próprio nome diz, os ativos cíclicos estão ligados ao ciclo operacional da empresa, ou seja, às atividades da rotina do empreendimento que estão sempre sendo repetidas.

Como são recursos frequentes, é comum que alguma das contas passe despercebida pela equipe. Entretanto, é essencial manter um registro preciso de todos os dados.

Principalmente porque o ativo cíclico é destinado ao pagamento dos passivos cíclicos, de forma que uma organização efetiva afeta diretamente o funcionamento e a rotina do empreendimento.

Exemplos

Os adiantamentos com fornecedores e até mesmo de mercadorias são os principais exemplos de contas que se classificam como ativos circulantes cíclicos.

Além disso, as duplicatas a receber e pagamentos relacionados ao estoque também são pontos comuns nas contas cíclicas do empreendimento.

Ativo permanente

Como mencionamos anteriormente, existem subcategorias do ativo circulante, especialmente para auxiliar ainda mais a organização da contabilidade.

Entretanto, também existem modalidades de ativos que não se encaixam na categoria de circulante e, assim, se apresentam completamente diferentes do conceito inicial.

O ativo permanente, por exemplo, representa recursos que dificilmente serão convertidos em dinheiro para empresa, ou levarão um longo prazo.

Isso não significa que estes recursos representam prejuízos ou não trazem qualquer benefício para a empresa.

A verdade é que eles costumam estar relacionados à estrutura da empresa e, por não serem ações financeiras ou produtos, não podem ser literalmente transformados em dinheiro.

Por exemplo, o ato de compra da sala em que é localizada sua empresa pode ser considerado como um ativo permanente, já que o ambiente não se transformará em dinheiro em outro caso além a venda do espaço.

Ativo intangível

O ativo intangível é um bem financeiro pertencente à empresa, mas que não existe fisicamente, ou seja, não pode ser visto.

Um produto online, como um software, por exemplo, pode ser considerado um ativo intangível, já que ele não representa um produto físico.

Além disso, o registro de direitos autorais e licenças de uso também são tidos como ativos intangíveis, já que geram recursos para a empresa, por mais que não sejam itens visíveis nas mãos dos clientes.

Há um conceito mal interpretado de que o ativo intangível trata-se de uma conta que não gera dinheiro. Entretanto, a verdade é que produtos e recursos digitais podem gerar lucro à empresa como qualquer outro item físico.

No caso dos empreendimentos digitais, por exemplo, os produtos e boa parte dos bens são intangíveis.

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Contas do ativo circulante

Agora que você já conhece os tipos de ativos circulantes existentes, chegou a hora de conhecer melhor as contas que são integradas na categoria.

Para serem classificadas como ativos, as contas precisam cumprir alguns requisitos, como representar um bem para a empresa e gerar ganhos e benefícios para o empreendimento.

Conheça as três categorias de contas que são consideradas como ativos circulantes!

– Disponibilidades

Conhecidas por possuírem um maior grau de liquidez, as disponibilidades se referem aos recursos que podem ser convertidos em um curto prazo, geralmente disponíveis nas contas da empresa.

Basicamente, é o dinheiro que está sempre em movimento no caixa da empresa, disponível para transações imediatas.

Sendo assim, é a renda ideal para o pagamento dos passivos circulantes, que também possuem pouco prazo de vencimento.

Caixa

O dinheiro presente na conta da empresa é o que possui maior nível de liquidez, já que está disponível para uso imediato.

Entretanto, é preciso consultar os relatórios e previsões antes de qualquer ação com o dinheiro do caixa, principalmente porque ele pode estar reservado para o pagamento de contas futuras.

Banco conta movimento

Um pouco diferente do dinheiro em caixa, as contas de livre movimentação costumam ser destinadas para vendas ou compras da empresa. Desta forma, o valor inteiro que está lá pode ser sacado de uma única vez, ou em parte.

Além disso, as contas poupanças também podem ser classificadas como de livre movimentação. O grau de liquidez também é alto, mas pode variar de acordo com as normas da instituição financeira em relação ao saque do valor presente em conta.

Aplicações financeiras

Para que as aplicações financeiras sejam classificadas como ativo circulante, é preciso que elas sejam feitas em um investimento de liquidez a curto prazo, ou seja, que traga resultados rapidamente.

Geralmente, as aplicações são feitas para gerar lucros extras e costumam ser feitas nas próprias instituições financeiras com as quais a empresa trabalha.

Existem dois tipos de aplicações: as pós-fixadas e as prefixadas. Para saber quais serão os valores do rendimento no dia da aplicação, é preciso buscar por aplicações prefixadas.

Por outro lado, as aplicações pós-fixadas só revelam o valor que será resgatado no próprio dia do saque.

Depósitos bancários

Os depósitos são resultados de pagamentos de clientes que, se realizados dentro do prazo, estarão imediatamente disponíveis para o uso da empresa.

Além disso, é importante lembrar que o prazo de pagamento precisa ser menor que 12 meses para ser classificado como ativo circulante.

– Créditos

Ainda que representem ganhos da empresa, os créditos são recursos com menor grau de liquidez, ou seja, que não são convertidos em finanças de forma tão rápida quanto as disponibilidades.

Os créditos não são finanças de acesso imediato, mas sim recursos que a empresa possui com instituições financeiras, parceiros e fornecedores para realizar compras ou empréstimos.

Conheça as contas de crédito que fazem parte da categoria de ativos circulantes na gestão financeira de uma empresa.

Duplicatas a receber

As duplicatas representam os pagamentos que serão recebidos por meio das vendas efetuadas para clientes.

Entretanto, este tipo de conta é utilizado apenas quando o cliente opta por não pagar o valor completo de uma única vez. Sendo assim, ele parcela o pagamento em cartão de crédito ou até mesmo cheques pré-datados.

Caso ocorra atraso ou algum problema no recebimento das duplicatas, é interessante usar a técnica da régua de cobrança para atrair a atenção do cliente.

Títulos a receber

Quando o pagamento das duplicatas é feito com atraso, a empresa cobra juros sobre o valor inicial. O reajuste é chamado de título a receber.

Além disso, vendas que não estão ligadas às atividades principais do empreendimento também podem ser classificadas como títulos a receber.

Por exemplo, a venda de um imóvel ou o retorno de investimentos são títulos a receber que representam ativos circulantes, mas que não possuem liquidez imediata.

Juros a receber

Assim como a empresa pode solicitar empréstimos, ela também pode oferecer e, com isso, acaba recebendo juros do pagamento desta ação.

Além disso, os juros podem ser cobrados em outras operações da empresa, em caso de atraso.

Sendo assim, os juros precisam ser documentados separadamente, já que não são esperados inicialmente.

Outros créditos

Os pagamentos de prestações de serviços que ainda não foram recebidos são classificados como outras contas a receber.

Por mais que ainda não tenham sido faturados, os pagamentos estão agendados a curto prazo. Ou seja, ainda assim são classificados como ativos circulantes.

– Estoque

As mercadorias que estão presentes no estoque e ainda não foram vendidas também representam recursos para a empresa, ou seja, podem ser transformadas em dinheiro a qualquer momento em que uma venda seja concluída.

Além disso, a matéria prima e até mesmo os produtos que ainda estão em elaboração também possuem valor e até podem ser revertidos em dinheiro, mas este tipo de venda só é realizada quando o empreendimento está passando por problemas.

Quando o produto está em trânsito, ele ainda é representado como um bem de valor da empresa, ou seja, é classificado como um ativo circulante.

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Ativos não circulantes

Enquanto os ativos circulantes representam contas que serão convertidas em dinheiro a curto prazo, os ativos não circulantes consistem em recursos que só serão transformados em um prazo maior do que 12 meses.

Basicamente, os ativos não circulantes são representados pelos bens duradouros da empresa, que não podem ser transformados em finanças rapidamente, mas fazem parte da estrutura da empresa e do sistema de produção.

Além disso, as vendas realizadas a longo prazo também são consideradas como ativos não circulantes.

Por exemplo, imagine que um cliente faz uma grande compra e escolhe pagá-la em 24 parcelas. O prazo do pagamento total excede os 12 meses e, assim, é categorizado como um ativo não circulante.

Exemplos de contas do ativo não circulante

Como mencionamos anteriormente, os bens duradouros da empresa como imóveis e máquinas representam ativos não circulantes, ou seja, que só serão transformados em dinheiro a longo prazo.

Investimentos que só trarão resultados após 12 meses também são incluídos na categoria. A participação em ações de outras empresas, por exemplo, pode ser um tipo de investimento do ativo não circulante.

Alguns bens intangíveis como marcas e licenças também são não circulantes, já que auxiliam a produção da empresa, mas não podem ser transformados em dinheiro rapidamente.

Declaração de ativo circulante

Os recursos gerados pela empresa e transformados em dinheiro devem ser declarados, principalmente porque são esses valores que determinam os impostos pagos pela empresa.

O Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), por exemplo, é um tributo que é calculado sobre o faturamento da empresa, ou seja, os ativos circulantes que foram transformados em dinheiro dentro de um determinado prazo.

Para manter o funcionamento da empresa de acordo com as leis e normas públicas, é essencial manter a declaração dos ativos em dia e entender como essa informação pode impactar o valor dos impostos pagos.

Importância na gestão financeira do seu negócio

Como você pôde perceber, existem diversas subcategorias e informações importantes sobre os ativos circulantes e não circulantes.

Para utilizar todas as técnicas da melhor forma e realmente torná-las úteis para administrar suas finanças, é preciso ordená-las em um sistema de gestão financeira eficiente.

O gerenciamento das finanças é essencial para todos os tipos de empresas, tanto pequenas quanto grandes.

Qualquer empreendimento que possui como objetivo o crescimento e o sucesso, deve cuidar e planejar as finanças com o máximo de atenção.

Inicialmente, a missão pode parecer um pouco complexa pelo tanto de informação que é gerada pelas movimentações da empresa.

Entretanto, aos poucos, a gestão financeira se torna parte da rotina e apresenta-se como um conceito essencial para guiar todas as decisões inteligentes tomadas no empreendimento.

Tenha o controle das contas dos ativos do seu negócio

A melhor forma de manter o controle dos ativos e passivos do seu empreendimento é com o auxílio de um programa de gestão financeira.

A verdade é que muitas tarefas relacionadas ao gerenciamento das finanças exigem atividades manuais e repetitivas, que gastam muito tempo da equipe.

Com um software especializado, é possível automatizar os processos e reunir todos os dados em um único lugar. Sendo assim, o tempo de trabalho da equipe é otimizado e a consulta às movimentações financeiras se torna mais prática.

O BomControle desenvolveu uma ferramenta completa para a gestão financeira da sua empresa. Com ela, é possível atualizar e consultar o fluxo de caixa na hora que quiser!

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Conclusão

Os ativos circulantes nada mais são do que os bens da empresa que podem ser transformados em dinheiro a curto prazo.

Já os não circulantes representam o contrário, ou seja, bens que só podem ser acessados como dinheiro em um prazo maior do que 12 meses.

Ambas categorias são utilizadas para identificar e organizar as diferentes contas presentes na empresa, otimizando sua operação e planejamento.

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Felix Schultz

Executivo de Internet com mais de 15 anos de experiência, incluindo a gestão geral das organizações, desenvolvimento de produtos, operações de negócios e estratégia.

 

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