Trabalhar com a precificação de produtos e serviços pode ser um desafio. Por isso, as empresas precisam contar com ferramentas como o markup. Em resumo, é um método que serve para calcular com critérios eficientes o preço ideal de venda de determinada solução.
Com ele, é possível adicionar uma margem de lucro ao item, tendo em vista três fatores essenciais que são:
- despesas fixas;
- despesas variáveis;
- margem de lucro pretendida.
Assim, dominar o método do markup é fundamental, pois oferece ao empreendedor a possibilidade de contar com uma fórmula matemática para formar seu preço de venda em função de uma análise realista de custos e lucro desejado.
A prática auxilia na retenção de clientes e facilita a gestão financeira. Quer entender mais sobre o assunto? Continue a leitura!
Os benefícios de usar o markup
Existem três principais vantagens que a empresa tem ao usar o markup. A primeira delas é a possibilidade de conhecer melhor suas próprias operações, pois, com a técnica, é preciso analisar tudo o que se gasta para produzir.
Assim, tanto as despesas fixas quanto as variáveis devem ser cuidadosamente levantadas. Consequentemente, pode-se dizer que uma empresa que trabalha com markup corretamente consegue compreender as operações e identificar com maior facilidade as áreas para redução de custos.
A segunda é a precificação estratégica, uma vez que a estratégia cria os meios necessários para que a empresa atribua valores de forma consistente, ganhando competitividade.
A terceira é em relação ao referencial de mercado. Com o markup, é possível comparar preços entre os concorrentes, auxiliando a empresa a se manter em boa posição.
Vale lembrar que nem sempre a concorrência trabalha com esse tipo de método. Dessa forma, pode ser um diferencial, tanto no curto, quanto no médio e longo prazo.
A fórmula do markup
Para entender como trabalhar com o markup, é preciso compreender que ele parte das informações que a empresa consegue levantar sobre suas operações. Em especial, a respeito de despesas e margem de lucro. Dessa forma, é essencial ressaltar que, para isso, é necessário um bom gerenciamento financeiro.
Assim, é possível colocar tudo em uma fórmula simples. Seu cálculo é a seguinte equação:
- Markup = 100 / (100 – DF – DV – ML)
Onde:
- DF = Despesas Fixas;
- DV = Despesas Variáveis;
- ML = Margem de Lucro.
A ideia é que o resultado seja sempre uma porcentagem a ser adicionada ao custo do produto. Assim, é possível chegar ao preço final e ter um controle de venda.
Exemplo prático
Para entender melhor como funciona o markup, vamos considerar uma startup de tecnologia. Suponha que para determinada solução, ela tenha os seguintes custos:
- DF: R$ 10.000 por mês;
- DV: R$ 5 por produto vendido;
- ML: 30%.
Com esses dados, fica fácil calcular. Isso pode ser feito da seguinte maneira:
- Markup = 100 / (100 – DF – DV – ML).
- M = 100 / (100 – 10.000 – 5 – 30%).
- M = 100 / 65%.
- M = 1,54.
Assim, basta a startup multiplicar o custo direto do produto por 1,54 e chegar ao preço ideal. Estimando que esse custo seja de 50 Reais, o preço de venda indicado seria:
- Preço de venda = Custo direto x Markup
- PV = R$ 50 x 1,54
- PV = R$ 77
Consequentemente, o markup garantiria uma margem de lucro de 30% sobre o preço de venda e traria um preço justo para a solução que a empresa coloca no mercado.
O markup ideal
A realidade é que não existe um markup considerado ideal para todas as organizações. O motivo é simples: custos e margens de lucro variam, pois dependem de fatores como a atividade empresarial, por exemplo.
Dessa forma, um markup ideal é aquele que permite que uma organização cubra seus custos e tenha boa margem de lucro. Seria um valor necessário para que ela mantenha suas atividades sem problemas e permaneça competitiva.
Alguns fatores que influenciam:
- segmento;
- custos internos;
- indicadores macroeconômicos, como inflação e juros;
- entre outros.
Portanto, vale a pena a gestão ter o cuidado para manter atualizados seus cálculos de markup para garantir preços competitivos e lucrativos.
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